Para falarmos em calvície genética, falaremos do ciclo do cabelo (1) e da predisposição à queda que os fios têm (2). A calvície não é um processo agudo de queda repentina dos cabelos. Todos os fios de cabelos caem, pois possuem um ciclo de vida.
1)FASES DO CICLO
Anágena: é a fase do crescimento do fio – em uma pessoa adulta, normalmente 90% dos cabelos presente no couro cabeludo estão nessa fase.
Catágena: dura poucas semanas. É a fase onde o fio de cabelo para de crescer e a parte mais profunda do folículo capilar torna-se menor, movendo-se em direção ao couro cabeludo. No adulto aproximadamente 1% dos cabelos está nessa fase.
Telógena: é no final deste processo que o cabelo cai, mas normalmente antes disso ocorrer, um novo fio cabelo já deve estar nascendo em seu lugar. Em um couro cabeludo saudável, deve-se encontrar algo entre 4% a 25% de cabelos nesse estado.
2)PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA A QUEDA
Os fios de cabelo sempre cairão, na fase telógena, e voltarão como novos fios, crescendo, na fase anágena. Acontece que fios de algumas áreas, por padrão genético, sofrerão um processo de miniaturização gradual, e cairão definitivamente. Este processo é mais ou menos lento, e atinge inicialmente áreas frontais das entradas, e em casos avançados a pessoa fica apenas com cabelos em uma faixa que abrange as áreas temporais e a occipital, em forma de ferradura. Áreas propensas à calvície têm cabelos com receptores para o hormônio di-hidrotestosterona (DHT).
O hormônio, se ligando ao receptor, inicia o processo de miniaturização do fio, que culminará em sua queda.
Os fios que possuem o código genético para a calvície, possuem em suas raízes, receptores para hormônio, o DHT. Esse hormônio se liga a esses receptores fazendo com que o fio enfraqueça gradativamente (miniaturização) e vá encolhendo até se transformar numa penugem invisível a olho nu, que quando cai não é reposto.